EE MARECHAL HENRIQUE TEIXEIRA LOTT 
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            MINISTRO DA GUERRA 1954- 1960; CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 1960.

          Henrique Batista Ruffles Teixeira Lott nasceu no sítio ( MG), hoje município de Antônio Carlos, no dia 16 de novembro de 1894, filho de Henrique Matthew Lott e Maria Batista Ruffles Teixeira Lott, seu pai era pequeno industrial e sua mãe professora primária .

          Fez seus primeiros estudos no Ginásio Mineiro, em Barbacena, e em março de 1905, quando se transferiu com a família para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, matriculou-se no Colégio Militar.

          Continuou então seus estudos no Colégio Militar e em 1913, quando o Curso de Artilharia e Engenharia foi extinto no Colégio, transferiu- se para o Curso de Aplicação de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo. Em janeiro de 1914 foi declarado Aspirante a Oficial, sendo sua turma a primeira a se formar naquela escola. Ainda em 1914, integrado ao 56º Batalhão de Caçadores, participou de operações de Guerra do Contestado ocorrido entre 1912 e 1916.

          Promovido à Segundo Tenente em fevereiro de 1916, entre dezembro de 1917 e junho de 1918, serviu no 59º BC em Belo Horizonte, de onde saiu para servir no 55º BC no Rio de Janeiro. E, abril de 1919, ainda no  Rio de Janeiro, serviu na vida militar como instrutor de sargentos. Promovido a Primeiro Tenente em novembro de 1920, fez os cursos de Engenharia Militar, Cavalaria e Infantaria, em cuja arma foi classificado, obtendo o primeiro lugar da turma.

          Em 1922, quando eclodiu a Revolta de 05 de julho, que deu início aos Ciclos de revoltas tenentistas da década de 1920, trabalhava no Serviço Geográfico do Exército.

          No dia 05 de julho, Lott lutou ao lado das Forças Legislativas. Na ocasião freqüentava a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, cujo curso concluiu como primeiro aluno da turma.

          Em março de 1925, Lott matriculou-se no primeiro ano da Escola de Estado Maior do Exército, cujo curso concluiu em dezembro de 1927, mais uma vez como primeiro aluno da turma. Promovido a Capitão durante o curso em junho de 1926, foi nomeado em fevereiro de 1928, Instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, retornando em janeiro do ano seguinte, como Instrutor à Escola Militar do Realengo.

          Quando irrompeu a Revolução de 1930, Lott servia ainda como Instrutor da Escola Militar, onde comandava um batalhão.

          Em 1931 foi nomeado Auxiliar de Instrutor de Tática de Infantaria da Escola de Estado Maior do Exército. Quando eclodiu a Revolução Constitucionalista em julho de 1932 e o  Governo determinou o filhamento dos cursos de oficiais, foi nomeado adjunto do Estado - Maior da 4ª Divisão de Infantaria, em Juiz de Fora (MG ), e, logo depois, Chefe da 4ª seção do Estado- Maior da 4ª DI, promovido a Major em fevereiro de 1933, e transferido de volta à Escola de Estado- Maior do Exército. Em 1935 serviu em Campo Grande, então no Estado do Mato Grosso, hoje, Mato Grosso do Sul, como Comandante de 18º BC, entre fevereiro e agosto, e do 16º BC, entre agosto e setembro, quando foi convidado para integrar a Comissão de Estudos para a Indústria Brasileira e Compra de Armamento, em Bruxelas, na Bélgica e Copenhague, na Dinamarca.

          Promovido a Tenente- Coronel em maio de 1938, em meados do ano seguinte concluiu o Curso em Paris, com distinção. De volta ao Brasil integrou a delegação brasileira que viajou para Paris para a posse de Presidente Manuel Prado. Nomeado em outubro de 1939, Comandante do Batalhão Escola de Via Militar no estado do Rio de Janeiro, foi promovido a Coronel em fevereiro de 1940. Em dezembro desse ano foi nomeado Instrutor- Chefe de Tática Geral e de Estado- da Escola  de Estado- Maior e, em 1941 exerceu o cargo de vice- diretor dessa instituição. No ano seguinte comandou o 15º Regimento de Infantaria em João Pessoa e o 26º BC de Belém, e voltou mais uma vez à Escola de Estado- Maior da qual se tornou Comandante e Diretor de Ensino.

          No ano seguinte um grupo de cento e vinte oficiais, entre os quais Lott, foi enviado para fazer um curso de Comandante em Fort Leavinworth, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, em 1944 Lott foi nomeado Sub- chefe de uma comissão encarregada de preparar a organização da Força Expedicionária Brasileira ( FEB ), que iria combater na Itália ao lado dos aliados.

          Em novembro de 1944  Lott foi promovido a General- de- Brigada, seguindo logo depois para Santa Maria (RS) como Comandante da Infantaria Divisionária local (ID/3). Em maio de 1946 deixou o ID/3 para comandar a ID/2, em São Paulo, em maio desse mesmo ano ocupou inteiramente o Comando da 2ª Região Militar (2ªRM ), em São Paulo e no mês seguinte tornou-se Sub- chefe do Estado- Maior do Exército (EME), no Rio de Janeiro.

Em dezembro de 1946 Lott foi nomeado adido militar junto à Embaixada brasileira em Washington , acumulando esse cargo com o de Delegado  junto á Interamérica de Defesa. Em dezembro de 1948 foi promovido a General- de - Divisão.

          Comandante da 2ªRM e da 2ª DI  de São Paulo entre 1949 e 1952, a partir desse último ano Lott foi diretor geral de engenharia do Exército do Rio de Janeiro. De 1953 em diante exerceu cumulativamente essa função com a de membro da Comissão da Promoção do Exército.

          Depois de dez anos inteiramente recolhido a vida privada, em 27 de setembro de 1975 Lott recebeu a Comenda da Escola de Estado- Maior dos Estados Unidos, no Consulado Norte Americano no Rio de Janeiro.

          Nessa ocasião seu nome começou a aparecer novamente na imprensa, inclusive através de entrevistas, onde confiante na promessa de abertura política feita de pelo então presidente Ernesto Geisel , afirmava " " É preciso estar com ele.”